Com Candidatos Frutas Os Eleitores Levam Banana?

Agora é época de aparecer todo tipo de pessoa pedindo teu voto.



“Votem em mim porque fiz isso”. Ou ainda, “votem em mim porque farei aquilo”.


A verdade é que eles querem teu voto de confiança para ficarem 4 anos fazendo ou deixando de fazer, mas muito bem remunerados pra isso.


Antigamente diziam que os candidatos depois de eleitos faziam o povo de palhaço. Hoje já fazem os eleitores de palhaço antes mesmo da eleição.


Talvez seja por isso que tantos humoristas estão participando do pleito desse ano.


Tem um que diz: “pior que ta não fica” e pergunta: “você sabe o que faz um deputado?” e responde – “nem eu, vote em mim que depois te conto”.


Mas a sessão não para por ai.


Tem mulher melão, mulher pêra. “Pera” ai. Com tanto candidato fruta será que no final o eleitor não vai ganhar uma banana?


Existem ainda os que se dizem cristãos, mas isso não quer dizer muita coisa. Prova disso é o crescente número de escândalos envolvendo a chamada “bancada evangélica”, que é muito mais bancada (lugar de fazer negócios) do que evangélica.


Mas tem uns que querem parecer sérios... Principalmente para cargos majoritários (ao executivo).


Pessoas tão familiarizadas com o poder, que passam a ser dependentes dele, e querem nos vender a idéia que nós é que dependemos deles estarem no poder.


Esses insistem no discurso que tem experiência. Que já fizeram muito pelo povo, que o eleitor tem que ser grato e reconhecer, etc.


Essa época muitos emails são enviados para apresentarem os pontos adversos dos candidatos que não agradam o seu elaborador. Uns são enviados dizendo que determinado candidato não tem nenhuma escolaridade: “Veja o fulano, na sua ficha consta que “lê e escreve’.” Ou ainda, ressuscitam fotos de várias décadas atrás, com óculos tidos hoje como ridículos, roupas e penteados idem para passar uma imagem ruim ao eleitor, e assim ganham algum pontinho.


Recebi um correio eletrônico antigo dizendo que se você quer fazer um político trabalhar, não o reeleja.


A verdade é que temos argumentos para todos os gostos e paladares políticos. Elegemos uma pessoa esperando determinado comportamento dela, e na maioria das vezes nos frustramos. Quer por não ter sido eleita, ou por em sendo eleita não ter correspondido a expectativa do eleitor.


Não gosto de concentração de poder, entendo que isso é extremamente prejudicial à comunidade, quanto mais pulverizado ele estiver, menor será o peso de uma pessoa, e muito maior será o da sociedade.


No fundo, quando alguém vota, está dizendo eu quero esse candidato, eu acredito nesse candidato. Eu confio nele!


Davi quando compõem o Salmo 20.7 diz: “uns confiam em carros, outros em cavalo, eu confio no Senhor, meu Deus” – quando o rei Davi escreve esse Salmo o contexto era de guerra contra povos inimigos, que eram poderosos na luta corporal, e contavam com mais carros e cavalos para a batalha. Algo como se um pequeno país abrisse guerra com uma potência bélica maior, que dispusesse de mais aviões de guerra, tanques e todo aparato necessário para a disputa. Mas, apesar disso, Davi confia no Senhor.


No período pré eleitoral somos desafiados a pensar somente no que podemos fazer como cidadãos do estado, ou do país. Então temos instrumentos para analisarmos e escolhermos o que entendemos ser o melhor para eles (estado e país). Se parássemos ai, não faríamos nada errado, mas estaríamos longe de ter feito tudo certo.


Se você pode dizer como Davi que era governante, e os de hoje enfrentam desafios e guerras contra problemas econômicos em um mundo globalizado, em que tudo é macro, e não se pode descuidar dos micros detalhes; tem que lutar ainda contra o crime organizado, que levam milhões de crianças e jovens para a sepultura precocemente.


Precisam derrotar o inimigo social que insiste em dificultar o país a desenvolver-se na educação e saúde.


Nessa hora, ou confiamos meramente nos índices alcançados para dar prosseguimento ao que está ai, ou para dizer que não se quer o que ai está. Nessa hora ou confiamos somente nas potencialidades e capacidades daqueles que concorrem. Ou fazemos como fez o rei salmista, e clamamos pela orientação e misericórdia de Deus para que abençoe essa nação, também através da eleição.


Eu já decidi o que farei. Agirei com total responsabilidade como cidadão pátrio, mas também com a responsabilidade de quem conhece e confia no Senhor, e faz dEle sua força.


Como você tem visto esse período? Eu vejo assim!






Roberto – 09/09/2010