Essa semana comemora-se a festa cristã denominada de páscoa. Nela as pessoas que se gostam trocam lembranças, e em geral essa lembrança é de chocolate na forma de um ovo.
Todos já participaram ou participam da mesma.
Mas seu surgimento é de raiz judaica, por ela, os judeus comemoravam a libertação do período de escravidão no Egito.
Conta-nos à história que Moisés foi ter por várias vezes com o faraó intercedendo para que o seu povo pudesse sair, e em todas faraó impediu a libertação. Foi necessário que Deus mandasse pragas sobre a infra-estrutura, e a água fosse transformada em sangue, e que tirasse a paz tanto de faraó quanto da população, através de rãs, piolhos, moscas. Mandou ainda pragas sobre a produção, com doenças sobre o gado, sarna, e fogo que destruía o que se produzia. Por fim a destruição da família com a morte do primogênito. E assim, conseguiu libertar o seu povo.
Mas durante todo esse tempo os chicotes faraônicos estalavam sobre os lombos dos escravos para a construção de pirâmides.
Hoje em dia os faraós não constroem mais pirâmides, mas estruturas de poder, conglomerados financeiros, carreiras de sucesso e etc, as custas de chicotadas desferidas sobre seus comandados, sobre pessoas menos afortunadas.
Se no passado longínquo Moisés foi o instrumento para libertar o povo judeu da escravidão, há aproximadamente dois mil anos atrás Jesus sofreu o castigo e as chagas devido as chicotadas dos poder imperial então existente, e que oprimia também o povo.
Muitas vezes nos sentimos escravizados ante a estrutura de poder existente na sociedade que vivemos, com suas pirâmides sociais. O que pode escravizar também é nossa impotência frente à violência que campeia em todos os lugares, com suas intolerâncias advindas de todas as formas, quer por racismo, quer oriunda da religião, quer advinda contra a liberdade de expressar sua crença, enfim, nos mais diversos modos e modelos.
Se no passado os judeus se reuniam pra comemorar a passagem do Egito para a “Terra Santa”, e sua libertação da escravidão, e o faziam com a família reunida em torno de uma mesa, deixando a porta aberta para a visita do Messias. Atualmente devemos comemorar nossa libertação com os corações abertos, e dispostos a amar aquele que nos circunda, que está próximo de nós, tendo já abrigado em nós o Messias.
Se ainda temos violência para a obtenção de lucros e construções de impérios, se ainda temos a escravidão da ignorância intolerante, sabemos também que temos a libertação pelo AMOR que foi realizada por Cristo, tirando nosso coração da prisão que decorre de todo tipo de escravização, e nos dando a enxergar uma vida nova, que deve começar em mim, e assim ir espalhando-se, contagiando pouco a pouco aqueles que conosco convivem.
Que você comemore a páscoa, libertando da escravidão alguém ou alguma área de tua vida que precisa receber libertação, quer seja de um vício físico, emocional, ou ainda de comportamento. Espiritualmente Jesus já nos libertou, falta agora você se libertar de suas próprias escravizações, e viver a páscoa diariamente.
Feliz libertação, feliz páscoa!
